A arrogância precede a queda: as lições que os Barroso devem tirar nas eleições deste ano
A arrogância precede a queda. E o caso de Márcio Jerry exemplifica bem essa máxima de maneira contundente. Durante oito anos, Jerry foi uma figura central no Maranhão, exercendo enorme influência como secretário de Comunicação e Articulação Política do governo Flávio Dino. Comandava os rumos da política local, ditando regras e impondo sua vontade. Os relatos de atitudes prepotentes e grosserias cercavam sua figura e sua palavra era a única que importava. Não havia espaço para questionamentos.
Entretanto, a ascensão ao poder muitas vezes encobre o fato de que ele é efêmero. Com a chegada de Carlos Brandão ao governo em 2022, a maré começou a mudar. O que antes era certeza e domínio absoluto começou a se esvair. A arrogância que havia lhe conferido poder agora se tornava uma armadilha, isolando-o e dificultando sua adaptação a um novo cenário político.
O início do fim da carreira política do ex-todo poderoso será agora em 2024, quando seu irmão, João Haroldo, enfrenta Renato Santos, candidato apoiado por Brandão. A derrota anunciada, a maior da história política de Colinas, não apenas simbolizará o fim de um ciclo que muitos colinenses chamam de Barrosada, mas também poderá selar o destino político de Márcio Jerry. Sua tentativa de reeleição à Câmara Federal em 2026 encontra um horizonte incerto, marcado pela desconfiança e pelo desgaste acumulado.
Assim, a trajetória de Márcio Jerry serve como um lembrete de que a arrogância, por mais que traga poder momentâneo, sempre antecede a queda. A história está repleta de exemplos de que aqueles que subestimam a fragilidade do poder frequentemente pagam um preço muito alto por isso.
E a conta de Jerry começa a chegar.